Ontem, dois torcedores do Cruzeiro foram detidos em Belo Horizonte, em relação a um ataque que resultou na morte de um torcedor do Galo que estava em um ônibus, em 2021. Esses indivíduos já haviam sido condenados, mas apelaram em liberdade e estavam sob monitoramento por tornozeleira eletrônica desde o julgamento, que ocorreu em maio do ano passado.
Em relação ao incidente, Gustavo Luiz da Silva e Walker Marcelino, ambos ligados à torcida organizada Máfia Azul, receberam sentenças de mais de 55 anos de prisão pela morte de Mateus de Freitas Ferreira, de 20 anos, membro da Galoucura, principal organizada do Atlético. No entanto, o Ministério Público permitiu que eles apelassem em liberdade.
Os promotores recorreram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), argumentando que a decisão anterior foi omissa, pois, de acordo com a legislação, penas de 15 anos ou mais devem ter a execução provisória estabelecida, o que significa que os condenados devem começar a cumprir a sentença imediatamente. O órgão aceitou o recurso e ordenou a emissão dos mandados de prisão na última terça-feira (7).
A atitude dos torcedores do Cruzeiro
Em novembro de 2021, após o jogo entre Galo e Fluminense no Mineirão, torcedores do Cruzeiro armaram uma emboscada contra um ônibus do Move (linha 6350), que transportava vários atleticanos. Nesse momento, o Alvinegro estava prestes a conquistar o título brasileiro, e o ataque resultou em uma fatalidade, além de deixar pelo menos 11 pessoas feridas com queimaduras e outros ferimentos.
O ônibus estava transitando pelo Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, quando indivíduos ligados à Máfia Azul forçaram sua parada. Segundo relatos da polícia, eles lançaram pedras, fogos de artifício e coquetéis molotov contra o veículo.
O incêndio resultante dos explosivos causou ferimentos nos passageiros. Em seguida, o grupo fugiu em veículos, e uma Blazer branca, ocupada por suspeitos, foi interceptada por policiais militares do 41º Batalhão.