Textor desembarcou no Rio de Janeiro e foi correndo se encontrar com a Polícia Civil
O proprietário da SAF do Botafogo, John Textor, desembarcou no Brasil nesta quarta-feira (3) e seguiu diretamente para a delegacia. Após alegar ter provas de que resultados de jogos foram manipulados, o empresário americano prestou depoimento na Cidade da Polícia para esclarecer o assunto. Ao chegar ao estádio Nilton Santos, onde o Alvinegro foi derrotado pelo Junior Barranquilla (COL), ele abordou o caso.
“Fui à delegacia, iniciei o processo, apresentei provas, prestei depoimento. Tenho muito mais evidências do que um relatório da Good Game!. (…) É um dia excelente.”, falou. “Conversei com investigadores independentes e imparciais que não pareciam ter preferência por nenhum clube. São muitas informações, meses de coleta de dados. Este é apenas o começo de um processo muito saudável”, disse Textor à “Globo”.
A “Good Game!” é uma empresa contratada por Textor para analisar partidas do Brasileirão. O empresário expressou seu apoio ao uso de inteligência artificial.
“Essa empresa é uma das mais conceituadas nesse campo em todo o mundo. Eles estavam aqui antes de eu chegar, analisaram dois anos de dados antes de eu os conhecer. (…) Deveriam observar o nome da minha empresa, que se tornou Fubo, foi com ela que ganhei dinheiro para comprar um clube. O nome da empresa era Evolution AI Corporation (Evolução Inteligência Artificial). Se não queriam mudança, não deveriam ter trazido alguém que fez sua fortuna com inteligência artificial”, afirmou.
Empresário criticou o STJD
John Textor também criticou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), alegando que o órgão afirma que ele não apresentou provas sobre as acusações. No entanto, o dono do Botafogo garante ter entregue evidências.
“Há muito tempo estou tentando apresentar provas para pessoas que se importam com isso. Enviei para o STJD, e eles continuam dizendo que não entreguei provas. Há semanas, entreguei evidências completas de manipulação de resultados.”, disse. “Os nomes foram omitidos para proteger a identidade dos jogadores envolvidos. Respeito a lei. Se alguém está envolvido em um escândalo de manipulação, essa pessoa também tem direitos. Mas não consigo entender como o STJD, que tem processos não confidenciais, continua pedindo provas”, concluiu.