Técnico português não tem pena e coloca o Corinthians na Justiça
Vítor Pereira iniciou um processo trabalhista contra o Corinthians, alegando não ter recebido cerca de R$ 7,5 milhões em verbas relacionadas a FGTS, férias e 13º salário durante os quase nove meses em que comandou o clube. O ex-técnico deixou o Corinthians no final de 2022, alegando motivos familiares para não renovar o contrato, mas logo após assinou com o Flamengo, causando descontentamento no clube e entre os torcedores.
O processo está em andamento no Tribunal Regional do Trabalho 2, em São Paulo. De acordo com a reclamação trabalhista, Vítor Pereira recebia aproximadamente R$ 2 milhões por mês do Corinthians. O contrato, vigente entre março e dezembro de 2022, previa um valor total mínimo de 2,8 milhões de euros (pouco mais de R$ 15 milhões). Em março de 2023, o técnico português cobrou os valores restantes do contrato, cerca de 480 mil euros (R$ 2,6 milhões na cotação atual).
O Corinthians, em resposta, reconheceu uma dívida de 44 mil euros (R$ 236 mil), alegando que o valor mensal incluía as verbas do fundo de garantia. Os advogados de Pereira argumentam que os valores do FGTS não estavam inclusos no contrato, sendo apenas as horas extras referentes a jogos e viagens.
Embora Vítor Pereira tenha iniciado uma ação no CAS da FIFA, a corte arbitral da instituição do futebol, a ação na justiça brasileira destaca que o processo na Fifa não abrange as verbas trabalhistas atualmente reivindicadas. Os pedidos do treinador totalizam R$ 7,5 milhões e incluem a diferença do FGTS, férias proporcionais, 13º salário proporcional e multas previstas na CLT.
Vítor Pereira assumiu time árabe
Durante sua passagem pelo Corinthians, Pereira conquistou 26 vitórias, 21 empates e 17 derrotas em 64 jogos, com um aproveitamento de 51,6%. O clube foi vice-campeão da Copa do Brasil e encerrou o Campeonato Brasileiro na quarta posição. Após comandar o Flamengo por menos de quatro meses, o treinador português acertou contrato com o Al Shabab, da Arábia Saudita.