São Paulo enfrenta descontentamento no elenco devido a atrasos enquanto intensifica busca por reforços no mercado
Em busca de reforços para a próxima participação na Conmebol Libertadores, a diretoria do São Paulo enfrenta a insatisfação de alguns atletas do elenco devido a atrasos em direitos de imagem, prêmios e outras bonificações. Na última sexta-feira, o atacante Calleri tornou público os atrasos ao responder a um jornalista na rede social, ressaltando que a situação vai além de “dois meses de direitos de imagem”.
“Respeito você porque é um cara que trabalha muito. Mas quando não é verdade, tenho que sair a desmentir”, escreveu o argentino.
No caso de Calleri, segundo apurou o ge, os atrasos englobam luvas e bônus, havendo divergências sobre metas previstas em contrato discutidas entre o clube e agentes do jogador. A situação se estende a outros atletas do grupo, com diferenças nos valores devidos. A diretoria aborda a questão sem alarme e mostra não se preocupar com a possibilidade de atletas deixarem o clube por esse motivo.
Apesar de admitir atrasos, a diretoria destaca que eles seriam de apenas um mês nos direitos de imagem e que devem ser quitados ainda neste ano, incluindo prêmios e bonificações. Paralelamente aos esforços para minimizar os impactos dos atrasos, o comando do São Paulo negocia a contratação de reforços para a temporada seguinte.
Dois reforços já anunciados, Erick e Luiz Gustavo, estavam disponíveis no mercado sem custos de transferência, envolvendo apenas luvas e salários. O clube também está próximo de fechar com o volante paraguaio Damián Bobadilla. Na quinta-feira, o agente do atleta afirmou a uma rádio do país que o São Paulo investirá 3 milhões de euros (cerca de R$ 14,75 milhões) para adquirir 60% dos direitos econômicos do jogador, sem especificar a data ou forma de pagamento.
Outro possível reforço é o atacante Ferreira, do Grêmio. Há também a negociação para a compra dos direitos do lateral Caio Paulista, emprestado pelo Fluminense. O São Paulo expressou a intenção de cumprir a cláusula estipulada em torno de R$ 17,2 milhões, negociando o parcelamento.
Recentemente, o ge divulgou dados do último balancete trimestral do São Paulo, fechado em setembro, indicando um déficit de R$ 97 milhões até aquele mês, incluindo a premiação pela conquista da Copa do Brasil de R$ 70 milhões. Em entrevista recente, o presidente do São Paulo, Júlio Casares, admitiu que o clube deve encerrar o ano com déficit.