Condenado a nove anos por estuprar uma jovem albanesa no ano de 2013, Robinho segue tentando cumprir pena em liberdade, mas sem sucesso. Preso desde março, o ex-jogador de futebol viu sua defesa fracassar ao tentar enquadrar seu crime em “comum” e não hediondo. A iniciativa buscava reduzir a pena com o passar dos anos.
Por se tratar de um crime hediondo no Brasil, o recurso dos advogados de Robinho não surtiu efeito, já que o ação em questão não cabe fiança. Dessa forma, a promotora Érica Vieira de Loiola Sousa afirmou que “distintamente do que sustenta a defesa”, o estupro praticado pelo criminoso não é passível de penas mais brandas.
Confira a sentença da promotora diante da solicitação da defesa do cria do Santos:
“Frise-se que tal previsão legal existe desde o ano de 2009, sendo que o crime pelo o executando foi condenado ocorreu em 2013. É indiferente para a configuração da hediondez deste delito a incidência de majorante ou não.
Uma vez praticado o verbo nuclear do tipo penal classificado como hediondo, ainda que permeado de circunstâncias que elevam a respectiva pena, o crime permanecerá com seu caráter hediondo. E, em razão disso, deverá aquele que o praticou sofrer as consequências previstas na legislação penal brasileira“, afirmou a promotora em um trecho da manifestação do órgão.
Crime praticado por Robinho
Durante passagem em uma casa de shows em Milão, na Itália, Robinho e um grupo de amigos violaram sexualmente uma jovem de 23 anos enquanto estava embriagada. Enquadrado no crime de estupro, a vítima procurou a Justiça local, que prontamente iniciou o protocolo de investigação, no qual foi finalizado com a comprovação da prática desumana.
Condenado a nove anos de reclusão, Robinho retornou ao Brasil por saber que o país não extradita brasileiros para serem julgados por outras nacionalidades. Vivendo normalmente sem amarras perante o estupro que consumou, o ex-jogador foi surpreendido com a Justiça Brasileira exigindo o cumprimento da sentença imposta pelo poder italiano.
Sem direito à fiança, Robinho busca lacunas para diminuir sua pena no judiciário, enquanto a vítima amarga sequelas que se perpetuam até os dias de hoje. No mais, o condenado está enclausurado na Penitenciária de Tremembé, em São Paulo.