Robinho, ex-jogador brasileiro da seleção e famoso mundialmente por sua carreira no futebol, se pronunciou pela primeira vez nesta semana a respeito da sua condenação por estupro coletivo, julgamento marcado para acontecer no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A declaração ocorreu durante entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record.
A Itália já condenou Robinho a uma pena de nove anos por estupro coletivo. Segundo investigações realizadas no país, o jogador e outros cinco amigos teriam estuprado uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, em 2013. O atleta, na época, defendia o Milan. Durante a entrevista, ele questionou: “Por que só eu estou respondendo por isso?”.
Detalhes do caso e julgamento de Robinho
O Superior Tribunal de Justiça deve julgar Robinho na próxima quarta-feira (20). O julgamento será transmitido ao vivo no canal do YouTube do Tribunal, tendo como relator da ação o ministro Francisco Falcão. No tribunal, 15 dos 33 ministros mais antigos vão votar a favor ou contra o cumprimento da pena no Brasil.
Investigações revelaram gravações telefônicas que comprovariam o envolvimento no crime, entre o jogador e Riccardo Falco, um de seus amigos. As duas conversas discutem os depoimentos prestados à polícia, e Robinho admite nessas conversas que a vítima estava embriagada.
Condenações e defesa
Em todas as instâncias da justiça italiana, Robinho foi condenado. Mesmo assim, o jogador reiterou durante a entrevista que possui provas de sua inocência. As sentenças estrangeiras são passíveis de cumprimento no Brasil, de acordo com a Constituição Federal. Portanto, essa é uma situação comum.
Gravações obtidas no carro de Riccardo Falco apresentam conversas entre ele e um músico, também presente na noite do ocorrido. Essas gravações são consideradas autoincriminatórias pelos tribunais italianos. Entretanto, Franco Moretti, advogado de Robinho na itália, insiste em sua inocência. Ele argumenta que Robinho lamenta apenas ter sido infiel à esposa, pois todo o contato sexual com a vítima foi consensual.