Poucos minutos depois de sair do regime de isolamento e ser inserido na população carcerária geral da Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, no dia 31 de março, Robinho foi abordado por um grupo de detentos, de acordo com relatos de agentes penitenciários entrevistados pelo ‘O TEMPO Sports‘. Eles o comunicaram sobre sua escalada para um jogo de futebol entre os detentos da unidade, questionando-o sobre o tamanho do seu calçado esportivo.
Após providenciarem um par de chuteiras, os detentos o levaram para um campo de terra dentro da prisão, onde ele participou de uma partida de futebol. Segundo relatos dos agentes, o ex-jogador mostrou suas habilidades, realizando chapéus, canetas e dribles.
Durante o jogo, houve um lance mais ríspido, que levantou poeira do chão, mas não resultou em briga. Ao final, todos riram e um dos presos teria exclamado: “foi batizado!”.
Segundo informações dos agentes penitenciários, Robinho está dividindo uma cela de 8 m² no pavilhão 1 com outro detento. Seu companheiro de cela é um jovem de 22 anos, originário de Taubaté, que enfrenta acusações relacionadas ao artigo 122 do Código Penal, que trata de “induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação”.
Robinho defendido
Um dos amigos próximos de Robinho, que foi condenado a nove anos de prisão por envolvimento em um caso de estupro coletivo, compartilhou sua versão dos eventos e argumentou que não houve crime naquela noite de janeiro de 2013, mas sim uma ‘orgia’. Clayton Florêncio dos Santos, conhecido como Claytinho, defendeu veementemente o ex-atleta, sugerindo que sua vida foi arruinada pelas acusações.
“O cara não cometeu crime nenhum. O único crime que o Robinho cometeu ali foi naqueles áudios, naquela brincadeira que ele fez. […] Ele falou um monte de merda. Quem está com a gente, sabe: ele fala um monte de merda brincando. Destruíram a vida do Robinho. Eu me sinto muito preocupado também”, disse Claytinho.