O Internacional viveu uma das piores atuações desde a chegada de Ramón Díaz e Emiliano Díaz ao Beira-Rio. A derrota por 1 a 0 para o Fluminense, neste sábado, expôs problemas técnicos, físicos e, principalmente, emocionais na equipe. Mesmo assim, o treinador argentino fez uma promessa clara à torcida: recuperar o espírito de luta e a coragem do Colorado.
Sem rodeios, Ramón reconheceu a superioridade do rival e admitiu a dificuldade do time em reagir dentro de campo.
“Nos superaram claramente. Eles mereciam ganhar já nos primeiros minutos. Tivemos baixas, mas não é desculpa. O que quero é que o time recupere o ímpeto, a determinação e a coragem”, afirmou o técnico, destacando que vai focar no trabalho emocional durante a semana antes do duelo com o Atlético-MG.
O treinador também apontou o cansaço da equipe após três partidas em uma semana, o que teria impactado o rendimento físico. Ainda assim, prometeu mudanças de postura para o próximo compromisso.
Crise de confiança e cobrança interna
Além da parte técnica, o problema agora é psicológico. Ramón e Emiliano reconheceram que o elenco está sofrendo para reagir quando sofre gols e prometeram cobrar mais atitude dos jogadores.
“Me parece que o time não tem encontrado a atitude para encarar esse tipo de jogo. É o que mais trabalharei nesta semana: o anímico. Espero que tenhamos outra postura”, reforçou o comandante argentino.
Emiliano Díaz: “O pior primeiro tempo desde que chegamos”
O auxiliar e filho do treinador, Emiliano Díaz, não escondeu a frustração com o desempenho no Maracanã.
“Hoje fizemos o pior primeiro tempo desde que chegamos. O grupo nos dá esperança, mas teremos que brigar até o fim. No domingo teremos uma final e precisamos colocar a cara ao torcedor”, disparou.
Situação na tabela: alívio momentâneo
Mesmo com a segunda derrota consecutiva, o Inter escapou de um cenário pior graças à vitória do Corinthians sobre o Vitória. Com 35 pontos, o Colorado segue quatro à frente do Z-4, ocupando uma posição ainda perigosa, mas fora da zona da degola.
Ramón valorizou o fato de os rivais diretos não conseguirem se aproximar e reforçou sua promessa de transformação:
“Temos de transformar o Inter em uma equipe agressiva. Conseguimos isso em outros clubes e faremos aqui também. Gostaria que o Inter estivesse disputando competições internacionais”, completou.