Segundo informações de Fred Augusto, o Atlético receberá dois aportes esse ano: R$ 200 milhões do fundo gerido pelo empresário Daniel Vorcaro e R$ 100 milhões do FIGA (Fundo de Investimento do Galo). É provável que grande parte desse valor seja usado na quitação de dívidas.
A venda de 75% das ações da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) para a Galo Holding que permitiu ao Atlético aliviar parcialmente sua dívida. No entanto, a situação financeira do clube ainda é delicada.
Desde que se tornou uma SAF em 1º de novembro do ano passado, o Galo deixou de contabilizar as receitas e despesas relacionadas ao futebol na associação. Portanto, o balanço financeiro não inclui as movimentações financeiras dessa modalidade nos dois últimos meses do ano passado.
Nessa transição, os investidores assumiram uma dívida de R$ 1,36 bilhão, cerca de R$ 500 milhões a menos do que quando adquiriram as ações em julho. Entretanto, o Atlético não transferiu integralmente esse montante para a SAF devido a restrições comerciais e legais.
Por isso, o balanço demonstra uma dívida de aproximadamente R$ 1,2 bilhão, embora os investidores sejam os responsáveis por quitar o restante. A maior parte desse débito ainda consiste em empréstimos e financiamentos, uma situação que causa preocupação para os dirigentes do Galo, já que acarreta juros contínuos.
O balanço do Atlético
Apesar do déficit financeiro relacionado ao futebol, o Atlético registrou um superávit de R$ 142 milhões no ano passado, e esse resultado foi viabilizado graças ao aporte de R$ 600 milhões da SAF. Essa explicação foi dada por Amir Somoggi, sócio da Sports Value, empresa especializada em negócios e marketing esportivo.
“O Atlético só está em uma condição equilibrada porque tem essas operações externas ao futebol, shopping, estádio. Não é da operação do dia a dia que fez o Atlético estar com superávit (R$ 142 milhões – R$ 71 milhões em 2022). Se olharmos o Atlético só pelo futebol, ele é extremamente deficitário”, disse Amir Somoggi.