Presidente do Flamengo abandonou clima amistoso e menosprezou ideia do Palmeiras
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, afirmou em entrevista à Rádio CBN neste domingo que o estádio do clube será construído com ou sem uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Ele comentou os planos de erguer uma arena no terreno do Gasômetro, no Rio de Janeiro, e criticou o modelo utilizado pelo Palmeiras no Allianz Parque.
“As pessoas me perguntam muito dizendo o seguinte: mas por que não fazer uma sociedade de propósito específico para o estádio? A resposta que dou é: gente, é o modelo que o Palmeiras fez, e a gente vê o que está acontecendo lá.”, afirmou. “No dia seguinte, o cara que é o teu sócio já está brigando com você porque vai querer aumentar a receita do estádio, diminuindo a receita do clube. Esse modelo acho ruim.”, disse o presidente do rubro-negro.
Landim destacou que o modelo ideal, na sua visão, é o adotado pelo Bayern de Munique, na Alemanha, onde uma SAF comprou uma parcela minoritária sem assumir o controle do clube. Ele ressaltou que a prioridade é que o Clube de Regatas do Flamengo e seus sócios permaneçam no controle do futebol.
“O estádio sai com ou sem SAF. A discussão que a gente vai ter é: qual a forma de fazer isso mantendo o controle da associação desportiva sobre o futebol? Não existe a menor razão para, qualquer que seja o projeto, que o Clube de Regatas do Flamengo com seus sócios não venha a ser o controlador do seu futebol.”, disse. “Porque fica muita fofoca, as pessoas imaginam uma SAF do Botafogo ou Vasco. Isso não existe. O que existe é um modelo que a gente já foi estudar, e teria que ser discutido com os sócios do Flamengo se eles entenderem que esse é o caminho: o modelo do Bayern de Munique, que vendeu 25% do clube. Através desse mecanismo conseguiu recurso para construir um estádio.”, encerrou Landim.
Presidente destacou outros pontos sobre a construção do estádio
O presidente explicou que a discussão será sobre como construir o estádio mantendo o controle da associação desportiva sobre o futebol. Landim também mencionou o impasse financeiro com a Caixa Econômica Federal em relação ao terreno do Gasômetro, destacando a importância de uma localização com boa acessibilidade para a população.
“O estádio sai com ou sem SAF. A discussão que a gente vai ter é: qual a forma de fazer isso mantendo o controle da associação desportiva sobre o futebol? Não existe a menor razão para, qualquer que seja o projeto, que o Clube de Regatas do Flamengo com seus sócios não venha a ser o controlador do seu futebol.”
Vice do clube falou sobre o projeto
Gustavo Oliveira, vice-presidente de marketing e comunicação do Flamengo, também participou da entrevista, falando sobre um possível investimento de até R$ 2 bilhões na área para a construção do estádio. Ele enfatizou que um investidor privado colocar esse montante em uma área como aquela, que dinamizaria toda a região, seria muito bem-vindo para a cidade do Rio de Janeiro.
“Estamos falando de fazer um investimento nesse terreno de R$ 1,5 bilhão, R$ 2 bilhões. Acho que em qualquer cidade do mundo um investidor privado colocar R$ 2 bilhões numa área como aquela, que vão dinamizar toda aquela área, seria muito bem-vindo.”, afirmou. “Isso que nós estamos propondo para a cidade do Rio de Janeiro.”, encerrou Gustavo Oliveira.