Em longa carta aberta ao “The Players Tribune”, Patrick, meio-campista do Atlético-MG, revelou alguns detalhes de sua vida profissional e sua carreira dentro dos campos de futebol. Conhecido também pelo apelido de “Pantera Negra”, famoso super-herói dos cinemas, o atleta afirmou que o futebol o deu muita consciência sobre as coisas que aconteceram em sua vida.
Patrick explica a ideia da máscara do Pantera Negra
“Eu amo o futebol e tudo o que ele me deu, principalmente a consciência sobre quatro coisas fundamentais que carrego dentro de mim: quem eu sou, de onde eu vim, quem veio antes de mim e qual o meu dever como homem negro num mundo racista”, afirmou Patrick.
O meio-campista explicou de onde veio a ideia de utilizar a máscara do personagem Pantera Negra em sua comemoração em 2018, quando ainda atuava com a camisa do Inter. O jogador ficou marcado por aquele episódio e revelou que uma ida ao cinema naquele ano o inspirou.
“Saindo do cinema, eu tinha muita coisa nova dentro de mim, eu precisava fazer algo com tudo aquilo. Entrei numa loja de brinquedos e comprei uma máscara do Pantera Negra. Puro impulso. Senti vontade de extravasar e combinei comigo mesmo de vestir a máscara na comemoração do próximo gol que eu fizesse”, completou o jogador.
Cria de Olaria, subúrbio do Rio, o jogador comentou: “A minha Wakanda é Olaria, no Rio de Janeiro. Nasci e fui criado no bairro, num conjunto habitacional que tinha um campo de futebol bem na frente do meu predinho. Como nunca fui bom de pipa, pião, bicicleta e era só meia-boca em bolinha de gude, mas jogava futebol sem medo dos mais velhos e dos mais fortes, aquele campinho ficou sendo o meu palácio”.