O Corinthians, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, é marcado por inúmeros ídolos que deixaram suas pegadas na história do clube. Entre essas lendas, Luizinho, carinhosamente apelidado de “Pequeno Polegar”, destaca-se como um craque inesquecível.
Neste artigo, vamos explorar a vida e a carreira desse jogador extraordinário que encantou a Fiel Torcida e deixou uma marca eterna no manto alvinegro.
Infância do Luizinho e Início na Várzea Paulistana
Luizinho, cujo nome completo era Luis Trochillo, nasceu em 7 de março de 1930, na zona leste de São Paulo. Desde cedo, seu destino estava entrelaçado com o futebol, um esporte que corria nas veias da família Trochillo. Seu pai, Gabriel Luis Trochillo, era filho de espanhóis, e sua mãe, Margarita Bastarrica, era natural de Álava.
Antes de ingressar nas categorias de base do Corinthians em 1943, Luizinho já dava, portanto, seus primeiros passos no mundo da bola no Cachoeira Futebol Clube, clube da várzea paulistana fundado por seu pai.
A paixão pelo futebol levou-o a trocar o clube da família pelo Clube Atlético Recreativo Maria Zélia, onde seu talento chamou a atenção e prometeu levá-lo ao Corinthians.
Ascensão no Corinthians e o Trio Memorável dos Anos 50
Dante Pietrobon, responsável por sua entrada no Corinthians, não poderia prever que estava trazendo para o clube um dos maiores talentos de sua história. Em 1949, Luizinho fez parte da equipe corintiana que marcou, portanto, mais de 100 gols no início dos anos 50, um recorde que perdura até os dias atuais.
Conhecido como “Pequeno Polegar”, Luizinho fazia parte de um trio ofensivo lendário junto com Cláudio, “O Gerente”, e Baltazar, “O Cabecinha de Ouro”. Esse trio não apenas encantou os corações dos torcedores, mas também deixou uma marca indelével no futebol paulista.
Conquistas e Títulos Memoráveis do Luizinho
Ao longo de sua carreira no Corinthians, Luizinho conquistou 21 títulos, destacando-se o Torneio Rio-São Paulo em 1950, 1953 e 1954, além dos Campeonatos Paulistas em 1951 e 1952. Sua contribuição foi crucial no título do Campeonato Paulista do 4º Centenário, em 1954, e na Pequena Taça do Mundo, em 1953.
Um dos momentos mais épicos foi o gol do título paulista de 1954 contra o arquirrival Palmeiras, no ano do 4º Centenário da cidade de São Paulo. Luizinho não apenas era um algoz do Palmeiras, marcando 19 gols em confrontos contra o clube, mas também representava a essência vencedora do Corinthians.
O Legado de Luizinho e sua Relação com a Torcida
Mesmo após encerrar sua carreira como jogador em 1967, Luizinho permaneceu fiel ao Corinthians.
Em três ocasiões, foi chamado para exercer a função de técnico tampão da equipe, revelando seu compromisso com o clube mesmo fora dos gramados. Seu amor pelo Corinthians transcendeu, portanto, as eras, tornando-o uma figura eterna na história alvinegra.
Em 1994, o Corinthians prestou homenagem a Luizinho, erguendo um busto em sua homenagem no jardim do Parque São Jorge. Uma distinção concedida até então apenas a Neco, o primeiro ídolo do clube.
Em 1996, aos 65 anos, Luizinho retornou aos gramados do Pacaembu em um amistoso contra o Coritiba, marcando não apenas sua presença, mas também entrando para a história como o jogador mais velho a defender a camisa do Corinthians em campo.
Seleção Brasileira e o Legado do Luizinho Além das Fronteiras Corinthianas
Apesar de não ter tido muitas oportunidades na Seleção Brasileira, Luizinho deixou sua marca representando o país em 11 ocasiões. Seu momento memorável foi em 1956, quando marcou o gol da vitória brasileira sobre a Argentina, encerrando um tabu de 10 anos sem vitórias sobre os rivais argentinos.
O Pequeno Polegar foi uma das figuras mais queridas do Corinthians, com marcas que impressionam, portanto, os torcedores até os dias atuais. O terceiro jogador com mais partidas pelo clube, Luizinho atuou em 607 jogos, uma marca que resistiu ao tempo e contribuiu para a construção de seu legado.
Morte e Homenagens Póstumas ao Luizinho
A trajetória de Luizinho no Corinthians chegou ao fim em 18 de janeiro de 1998, aos 67 anos, devido a complicações respiratórias. Sua partida deixou uma lacuna no coração da Fiel Torcida, mas seu legado permanece vivo nos corredores do Parque São Jorge e nos corações dos torcedores corinthianos.
O Corinthians, reconhecendo a importância de Luizinho, continua a prestar homenagens póstumas, mantendo viva a memória do Pequeno Polegar. Seu nome é eternizado, portanto, nas arquibancadas, nos cantos da torcida, e em cada bola que rola nos gramados onde ele um dia brilhou.
O Legado Imortal
Luizinho, o “Pequeno Polegar”, transcendeu as fronteiras do futebol. Sua genialidade nos gramados, seu amor pelo Corinthians e sua conexão profunda com a torcida fizeram dele um ícone eterno.
Ao relembrarmos sua carreira, conquistas e o impacto duradouro que teve no clube, entendemos que Luizinho não é apenas uma lenda corinthiana, mas um imortal cujo espírito vive em cada vitória, em cada gol e no coração de cada corinthiano.
O craque que encantou gerações, Luizinho é o eterno “Pequeno Polegar” que permanece, portanto, como um farol luminoso na história gloriosa do Sport Club Corinthians Paulista.