O CEO da SAF que comanda o Botafogo, John Textor, pode pegar um gancho pesado de até seis anos de punição. Nesta sexta-feira (5), o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), divulgou um relatório da conclusão do inquérito envolvendo as denúncias de Textor sobre possíveis manipulações de resultados no Campeonato Brasileiro. E, de acordo com a entidade, as provas apresentadas pelo empresário são “imprestáveis”.
Além do pesado gancho de seis anos, a auditoria do caso, comandada por Mauro Marcelo de Lima e Silva, sugeriu o pagamento de uma multa avaliada em cerca de R$ 2 milhões. Dessa forma, caso confirmada, essa vai ser a maior punição da história do futebol brasileiro. O STJD afirmou, também no relatório, a constatação de “infrações contra a ética desportiva e a motivação pessoal na solicitação da instauração do inquérito”.
Relembre o caso envolvendo John Textor
A polêmica teve seu ponto alto em março deste ano, quando o empresário afirmou ter provas de manipulação de resultados em algumas partidas do Brasileirão. Além disso, Textor também divulgou um texto, em seu próprio site, afirmando que uma partida entre Palmeiras e São Paulo foi manipulada. No jogo em questão, o Alviverde goleou o Tricolor pelo placar de 5×0.
Como “provas”, Textor levou um documento nomeado como “relatório de jogo nível 3 entre SE Palmeiras 5 x 0 São Paulo FC, realizado dia 25/10/2023”. Além disso, segundo o relatório do STJD, o empresário norte-americano apresentou alguns vídeos da “Good Game”, contratada por Textor para analisar as citadas manipulações de resultados. O relatório do STDJ criticou tal ação do empresário.
“John Charles Textor contratou os serviços da empresa “Good Game”, a pretexto de forjar pretensas provas acerca de falsas manipulações de partidas, em prejuízo dos direitos das pessoas físicas e jurídicas injustamente por ele acusadas”, afirma um trecho do relatório.