Em 2010, enquanto atuava pelo Vasco, Fernando Prass foi observado deixando São Januário vestindo uma camiseta branca estampada com o rosto de Che Guevara, o icônico revolucionário comunista. O goleiro demonstra admiração pelo guerrilheiro que, ao lado de Fidel Castro, liderou a Revolução Cubana no final da década de 1950.
Prass, que já leu a biografia de Che Guevara, acredita que o espírito combativo do argentino deve ser emulado pelos jogadores para alcançarem sucesso no futebol. Porém, apesar da sua admiração, não dá para garantir a simpatia do goleiro com o regime comunista. Trata-se de uma entrevista que já possui mais de 10 anos, e não foi encontrada manifestações exatamente sobre o regime político.
A estampa na camiseta de Prass é derivada de uma famosa obra do artista plástico irlandês Jim Fitzpatrick, criada a partir de uma fotografia de Alberto Diaz Gutiérrez, publicada pela revista Paris Match em 1967, pouco antes do assassinato de Guevara. Essa imagem é considerada a segunda mais disseminada da era contemporânea, superada apenas pela imagem de Jesus Cristo, segundo estudiosos.
O que ele disse?
“Ele é um personagem polêmico que divide as opiniões. Muitos o veneram, outros o acham um assassino. Alguns países o consideram um herói, outros o chamam de terrorista. Acho que ele estava certo em grande parte dos seus propósitos, dos seus ideiais e saiu lutando contra a ditadura. “
“Foi um cara que abandonou uma vida confortável que tinha na Argentina para lutar por aquilo que achava certo, pela liberdade dos outros. Acho que ele é um exemplo.”
“Na vida não se consegue nada com facilidade. Tem que batalhar. Ainda mais no futebol, onde tudo é muito difícil. Cada partida é uma dificuldade, cada ano é uma batalha. Para vencer é preciso superar uma batalha constante.”
