Daniel Alves, ex-jogador do São Paulo, devolveu recentemente à família de Neymar os 150 mil euros (aproximadamente R$ 817 mil) que havia recebido como empréstimo. Este montante, que foi usado para tentar reduzir sua pena no processo de estupro pelo qual foi condenado, foi restituído no início deste ano.
Uso do Empréstimo e Impacto na Pena
A advogada de Alves, Inés Guardiola, revelou que o dinheiro foi devolvido na última semana. O empréstimo foi inicialmente solicitado para ser utilizado como uma “atenuante de reparação de dano causado” na defesa de Alves. A estratégia visava reduzir a pena do jogador, que foi condenado em fevereiro a quatro anos e meio de prisão por um estupro ocorrido em uma boate em Barcelona em dezembro de 2022. O valor foi direcionado à vítima, o que possibilitou a redução da pena em até 50%, embora o impacto exato da medida na duração da sentença ainda não tenha sido esclarecido.
Liberdade Provisória e Condições Judiciais
Daniel Alves está em liberdade provisória desde 25 de março de 2024 e deve permanecer nessa condição até a sentença final do caso. Recentemente, a Justiça de Barcelona rejeitou um recurso que pedia o retorno do jogador à prisão. A decisão do tribunal manteve as medidas cautelares, que incluem a entrega de passaportes, a obrigação de comparecimento semanal às audiências e o pagamento de uma fiança de € 1 milhão (R$ 5,4 milhões). Os juízes argumentaram que essas medidas são suficientes para mitigar o risco de fuga.
A decisão de manter Alves em liberdade provisória, mediante pagamento, gerou críticas. A advogada da vítima manifestou descontentamento, acusando a Justiça de criar confusão social. O tribunal, por sua vez, defendeu a medida como uma aplicação estrita da legislação vigente.
Origem da Fiança e Reações Públicas
A origem do valor da fiança ainda é incerta. A advogada de Alves, Inés Guardiola, indicou que não consideraria solicitar a quantia à família de Neymar, uma vez que especulações surgiram a respeito do envolvimento da família na arrecadação da fiança. Neymar pai esclareceu publicamente que, após uma primeira ajuda prestada sem vínculos com o processo, não havia mais envolvimento no caso.