O Atlético, que já recebeu 200 milhões de reais em investimentos de Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, está prestes a receber mais 35 milhões de reais do Figa, um fundo de investimento formado por torcedores ilustres do clube, até o final do ano. Além disso, espera-se que outros 65 milhões de reais do fundo sejam injetados nos próximos anos.
Com os recursos dos investidores, a dívida do Galo diminuiu de 2,1 bilhões para 1,3 bilhão de reais. Sob a liderança do bilionário Rubens Menin, da MRV, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que controla o clube planeja atrair novos investidores ou realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO) até 2030.
E as dívidas do Atlético?
Seis meses após a transição para uma SAF, o Atlético revelou seu primeiro balanço financeiro sob o novo regime jurídico. Embora tenha registrado uma receita bruta de R$ 419 milhões, o foco principal estava na redução da dívida, que havia alcançado R$ 2,1 bilhões no ano anterior.
O Galo testemunhou uma redução de R$ 747 milhões na dívida líquida, trazendo um certo alívio, embora ainda esteja sob pressão devido ao restante do passivo, principalmente em empréstimos bancários e no CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) emitido para financiar a construção da Arena MRV. Para este ano, novos investimentos continuam sendo a aposta para reduzir os R$ 1,3 bilhão restantes.
No relatório, a dívida divulgada caiu de R$ 1,57 bilhão em 2022 para R$ 824 milhões em 2023, mas esses números não consideram o CRI de R$ 440 milhões utilizado para financiar a construção do estádio. As dívidas bancárias, que totalizaram R$ 843 milhões em 2022, foram reduzidas e fecharam 2023 em R$ 465 milhões, mudando a composição dos empréstimos para 31%, em comparação com os 69% do ano anterior.