O Paraná Clube persiste em seus esforços para concretizar a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O foco atual está na situação do imóvel da sede da Kennedy, que atua como garantia no processo de Recuperação Judicial. Caso se confirme inclusive a compra da SAF, os torcedores paranistas já possuem esperança de um investimento milionário no clube.
Para impulsionar o andamento da venda da SAF do Paraná, o clube busca a remoção de uma cláusula de finalidade que restringe o uso da sede da Kennedy exclusivamente para atividades esportivas, visando facilitar o leilão do imóvel. Na quarta-feira, membros da diretoria do Tricolor se reuniram com representantes da Prefeitura de Curitiba, incluindo o prefeito Rafael Greca (PSD).
Em novembro do ano passado, a Carpa, grupo intermediado pela Pluri Consultoria Econômica, responsável pela assessoria de clubes brasileiros no processo de transição para SAF, apresentou uma proposta de investimento de R$ 430 milhões para adquirir 90% da SAF, sendo aprovada pelo Conselho Deliberativo do Paraná Clube e autorizada pela Justiça para prosseguir com a venda.
Valor da dívida
O grupo de investidores expressou disposição em saldar parte da dívida, que, com o processo de Recuperação Judicial, foi reduzida de R$ 119 milhões para aproximadamente R$ 60 milhões. A sede da Kennedy figura como garantia nesse contexto, e os investidores dependem do leilão do imóvel.
Sem essa condição, a continuidade da SAF está comprometida, pois implicaria assumir integralmente a dívida, prejudicando o investimento no futebol. Em janeiro deste ano, uma nova entidade expressou interesse em participar do processo: a FG 10 Sports Academy recorreu à Justiça em busca do direito de ingressar na competição.
Embora tenha prometido superar em 20% a outra proposta, até o momento, a empresa não entrou em contato com o clube nem formalizou seu interesse. A FG 10 Sports Academy é uma agência de administração de carreiras localizada no Rio de Janeiro, com investidores de identidade não divulgada, planejando sua estreia no mercado de futebol-empresa.
O Paraná Clube não considera inicialmente essa alternativa, mas caso a proposta seja devidamente apresentada, a juíza Mariana Fowler Gusso, titular da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba, precisará avaliar a inclusão da empresa na disputa.
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