O caso envolvendo o ex-goleiro Bruno Fernandes e Eliza Samudio foi um dos crimes mais chocantes e comentados do Brasil. Diante dessa situação, após 14 anos, a Boutique Filmes decidiu realizar um documentário sobre a história.
O documentário vai se chamar “A vítima invisível: O caso Eliza Samudio”, e estreia no dia 26 de setembro, na Netflix. O longa promete trazer à tona detalhes inéditos do caso e que foram negligenciados na época.
Relembre o caso
Tudo começou em 2009, quando Eliza Samudio, uma modelo e atriz, afirmou estar grávida de Bruno, que na época era goleiro do Flamengo. Ela buscou judicialmente o reconhecimento da paternidade do filho, o que gerou desentendimentos entre os dois.
Em junho de 2010, Eliza desapareceu, e a investigação revelou detalhes perturbadores. Segundo a acusação, Bruno e um grupo de pessoas próximas a ele, incluindo seu amigo Luiz Henrique Romão, o “Macarrão”, sequestraram Eliza e a levaram para uma casa em Esmeraldas, Minas Gerais. Lá, ela teria sido assassinada e, conforme testemunhas, seu corpo foi esquartejado e dado a cachorros para evitar que fosse encontrado.
A motivação do crime seria a recusa de Bruno em assumir a paternidade e as ameaças de Eliza de buscar na Justiça os direitos do filho. O filho de Eliza, Bruninho, que tinha apenas quatro meses na época, foi encontrado em uma favela em Minas Gerais.
Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Ele ficou preso por cerca de seis anos, mas foi liberado em 2017 para aguardar o recurso em liberdade, causando indignação em parte da população. No entanto, em julho de 2019, ele conseguiu a progressão para o regime semiaberto, o que lhe permitiu trabalhar durante o dia e retornar à prisão à noite. Em 2020, ele passou para o regime aberto, em que ele não precisa mais retornar à prisão, mas deve cumprir uma série de condições impostas pela Justiça, como o uso de tornozeleira eletrônica.