Caso de ex-camisa 10 do Real Madrid pode revolucionar o futebol que conhecemos hoje

As transferências de jogadores no mundo da bola são avaliadas apenas como negócios, mas a forma como a Fifa encara o cenário atual pode ser alterado nos próximos meses. Depois de ter sua carreira comprometida por meio de punição da entidade máxima do futebol, Lassana Diarra, ex-jogador do Real Madrid, terá julgamento com a finalidade de alterar o curso das quebras de contratos com os atletas.

Nesta sexta-feira (04), o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) julgará o “caso Lassana Diarra”, fator que pode ser crucial para a mudança na metodologia adotada nas transferências diante daquilo que a FIFA permite. Sobretudo, estará em jogo alteração no regulamento no tocante às rescisões contratuais “sem justa causa”.

A motivação por detrás de todo o conflito tem ligação direta com o caso do ex-jogador do Real Madrid. No ano de 2014, Lass Diarra teve seu contrato encerrado com o Lokomotiv Moscou, da Rússia, após externar os atrasos salarias. Nesse ínterim, o ex-volante procurou a Fifa, mas a entidade não reconheceu a quebra de contrato, o que fez com que o jogador ficasse sem clube por um ano.

Com a quebra de braço se arrastando, vários clubes demonstraram interesse na contratação de Lass Diarra, mas recuaram por receio de serem punidos com transfer ban. Com a comprovação de ter a sua carreira prejudicada, o Tribunal de Justiça da União Europeia foi favorável ao jogador e condenou a postura da instituição futebolística.

“Essa decisão mexe num dos pilares mais significativos do sistema de transferências e do sistema legal da Fifa: a sanção disciplinar. A sanção para um clube é o transfer ban, mas para o atleta é a suspensão. Foi exatamente isso que essa decisão derrubou. Um atleta não poderia ser suspenso após rescindir contrato sem justa causa, e o novo clube também, de acordo com a decisão, não o seria”, explicou Cristiano Caús, advogado especializado em direito desportivo.

Atualmente com 39 anos, Diarra poderia estar em evidência no mundo da bola se não fosse a forma como a Fifa o tratou como mera mercadoria. O ex-meia encerrou sua carreira em 2019, quando possuía apenas 34 anos. Com os holofotes voltados em sua direção, o francês pode ser o grande responsável por revolucionar as regras do futebol.

Trajetória para além do Real Madrid

Os primeiros passos profissionais do volante foram iniciados no Le Havre, equipe francesa. Posteriormente, o futebol de Lassana o levou para clubes como Chelsea e Portsmouth, da Inglaterra, Real Madrid, da Espanha, FK Anzhi e Lokomotiv, da Rússia. Já em meio às polêmicas, o ex-atleta ainda chegou a defender o Olympique de Marseille e PSG, da França e Al Jazira, do Emirados Árabes.

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