Em entrevista ao Zona Mista, apresentado pelo jornalista André Hernan, Thiago Carpini falou sobre a sua passagem pelo São Paulo e jogou no ventilador os bastidores do clube. De acordo com o atual treinador do Vitória, a indefinição da permanência de James Rodríguez atrapalhou seu trabalho.
“Quando eu cheguei, uma semana ou dez dias depois, foi definido que o James não faria mais parte do contexto, que ele estaria se desligando do São Paulo. Nós levamos todos os atletas para a Supercopa, convidamos que ele fosse junto, mas ele se recusou. Não participo dessas negociações, mas depois ele precisou ser reintegrado e não sairia mais. Ficou naquele fica ou não fica, treina ou não treina. Isso atrapalhou um pouco. Eu tinha os meus critérios, as minhas coerências, não ia passar o James na frente de ninguém”, afirmou o treinador.
Carpini afirma que escolheu usar James Rodríguez
Apesar de confirmar que não queria passar o meia na frente de nenhum outro atleta, Carpini chegou a escalar James de forma constante na reta final de sua passagem. Entretanto, de acordo ele, não houve pressão da direção e sim, uma escolha própria.
“Li muita coisa que o James foi uma imposição para que ele jogasse, por exemplo contra o Talleres, que ele foi titular, foi o primeiro jogo depois da eliminação e episódio dos pênaltis. Nunca o São Paulo, a diretoria ou qualquer pessoa ligada ao futebol do clube falou para eu escalar A, B ou C, jamais. Nunca ninguém interferiu dessa maneira no meu trabalho. Eu buscava muito o Muricy para ter conversas de opiniões e se eu não perguntasse alguma coisa ele nem falava. Todas as decisões que eu tive no São Paulo, quando eu coloquei ou não o James, foram minhas. Ninguém me influenciou a tomar qualquer decisão”, disse Carpini.