O lateral-direito Rafinha e o atacante Jonathan Calleri, ambos do São Paulo, abriram um processo contra a EA Sports. Ambos alegam que a empresa, responsável por produzir o game EA SPORTS FC (antigo FIFA), violou direitos de imagem. Ambos estão solicitando os valores de R$ 35 mil e R$ 200 mil, respectivamente, de acordo com processos do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
As informações são do portal ‘GE’. Os atletas do Tricolor Paulista alegam que a EA SPORTS usa das imagens de ambos sem qualquer tipo de contrato individual assinado. Eles fazem uso da ‘Lei Pelé’, alegando não ter autorizado o uso de imagem. De acordo com o Artigo 87-A da Lei, é preciso ter um contrato firmado de forma civil para que as imagens dos jogadores possam ser usadas.
No entanto, a EA SPORTS alega ter contratos vigentes com empresas que permitem o uso de imagens e nomes dos atletas. O atacante argentino afirma aparecer sem autorização nas versões de 2015 a 2021 do FIFA. Enquanto isso, Rafinha alega aparecer, sem sua autorização, nas versões de 2008, 2009 e 2021 do mesmo jogo.
Calleri e Rafinha não apareceram no São Paulo no FIFA
Vale destacar que a reclamação dos jogadores trata do uso de imagem quando os atletas defendiam outros clubes. No caso de Calleri, ele aparece no All Boys e Boca Juniors, da Argentina, West Ham, da Inglaterra, e Las Palmas, Alavés, Espanyol e Osasuna, da Espanha. Enquanto isso, Rafinha passou por Schalke 04 e Bayern de Munique (Alemanha); Genoa (Itália) e Olympiacos (Grécia).
“Os jogadores entendem que sua imagem é um direito personalíssimo e que sua utilização para fins econômicos deve ser remunerada, o que não ocorreu. A autorização emitida pela FIFPro não atinge o direito pessoal de cada atleta, sendo que essa autorização deve ser individual e pessoal”, afirmou Joaquín Gabriel Mina, advogado dos jogadores no caso.