O presidente do Corinthians, Augusto Melo, enviou um recado forte à Nike nesta quinta-feira, indicando que o clube está aberto a negociar com novos fornecedores esportivos. Em entrevista, Melo deixou claro que o contrato atual com a Nike está defasado e que o clube busca um ajuste de mercado para os valores pagos pela gigante de materiais esportivos.
“Estamos livres para negociar e já iniciamos conversas. Pode ser com a Nike ou qualquer outra marca. Temos uma boa relação, mas queremos um ajuste que reflita a realidade do mercado”, afirmou Augusto Melo.
Essa declaração surge em um contexto no qual a Puma, marca alemã de materiais esportivos, demonstrou interesse em expandir seus patrocínios no Brasil e sondou a situação do Corinthians com a Nike.
A Puma já firmou acordos com outros clubes brasileiros, como o RB Bragantino e o Bahia, para fornecer seus materiais esportivos a partir de 2025.
Futuro patrocinador
A parceria de mais de duas décadas entre o Corinthians e a Nike está programada para encerrar em 2024, mas há uma renovação automática até 2029 com valores pré-estabelecidos. O impasse atual reside nos royalties, que a Nike considera elevados e busca renegociar com o clube. No entanto, a gestão anterior rejeitou a proposta da fornecedora.
O Corinthians recebe cerca de R$ 30 milhões anualmente da Nike, incluindo um pagamento fixo e royalties. A Nike propôs um aumento nos royalties a partir de 2025, o que gerou incertezas sobre a continuidade da parceria.
O Grupo SBF, controlador da Nike no Brasil, lidera as negociações, mas a matriz americana da empresa pode intervir se considerar a parceria com o Corinthians fundamental para seus objetivos estratégicos.
O Corinthians, por sua vez, aguarda possíveis propostas de renegociação por parte da Nike, mas não descarta buscar outros parceiros. A parceria entre o clube e a Nike, iniciada em 2003, é a mais longa entre um clube e um fornecedor de material esportivo no Brasil.
