O Atlético-MG é dono de uma das maiores dívidas do Brasil, com débitos na casa dos R$1.8 bilhão, o clube precisou se converter em SAF para manter sua saúde financeira. Ao vender 75% de seu departamento de futebol por R$660 milhões, a promessa era de que o alvinegro teria todas as suas contas equalizadas.
Apesar disso, a realidade é bastante diferente. Em entrevista ao GaloCast, da Galo TV, Thiago Maia, diretor financeiro da SAF alvinegra, revelou que nem mesmo o aporte imediato de R$500 milhões fará com que o clube fique saudável financeiramente. Ele revela que em 2024 o clube ainda precisará algo em torno de R$150 milhões apenas em juros:
“O Atlético, como todo, ainda vai gerar na casa de R$ 150 milhões por ano de juros. É um endividamento importante, mesmo pagando com os aportes que entraram. O Atlético estava caminhando para ficar inviável, era questão de tempo para não ter mais condições de arcar com os compromissos. Agora não, está se equalizando.” começou a dizer.
SAF foi um marco para o Atlético-MG, diz diretor
Mesmo com a SAF não resolvendo todos os problemas do Atlético, ele revela que a transformação em clube empresa foi um marco para a instituição, que estava muito perto de se tornar inviável financeiramente nos próximos anos:
“A SAF é um marco para o Atlético. É um momento muito importante na história do Atlético. Ela já teve um aporte bem considerável, em dinheiro novo (R$ 500 milhões), já deu uma equalizada na dívida, mas ainda tem muita dívida. Não é algo fácil, mas ao mesmo tempo o Atlético tem um time competitivo.” completou.
Sendo assim, é possível deduzir que com os débitos agora na casa dos R$1,5 bilhão, o Galo espera pagar algo em torno 10% da sua dívida atuais em juros anuais (0,8% mensais).