O Atlético-MG encerrou as atividades das categorias de base do time feminino, desligando profissionais, incluindo o treinador Eduardo Serafini, no início deste ano, conforme apuração do “ge”. O clube possuía as categorias Sub-20 e Sub-17, ambas sob o comando do mesmo técnico. Durante o último ano, a equipe participou do Campeonato Brasileiro Sub-17 em Belo Horizonte, da primeira edição da Copa São Paulo de Futebol Jr. Feminina e de torneios internacionais, destacando a conquista da Copa Nike. Em 2023, algumas jogadoras foram convocadas para a seleção brasileira de base.
Em outubro, o Atlético anunciou seletivas para atletas nascidas entre 2005 e 2009. O encerramento das atividades na base foi comunicado às atletas em dezembro de 2023, concretizando-se no início de 2024. O site do ge teve acesso a um comunicado do ex-treinador Eduardo Serafini, onde anunciou sua saída do clube e o fim das atividades na base.
“Termina hoje minha segunda passagem no Galo Feminino. Infelizmente a S.A.F. do Clube Atlético Mineiro decidiu encerrar as atividades das categorias de base do Galo Feminino. Mas este não será um post para lamentar a falta de apoio, estrutura e incentivo ao futebol feminino de base em nossa cidade e estado. Este é um post de agradecimento”, cita o treinador em post na rede social.
O site informa que procurou o Atlético antes da publicação, e após a reportagem, o clube se pronunciou, informando que o projeto do futebol feminino está passando por uma reformulação geral, com discussões internas sobre reestruturações.
Com o encerramento das categorias de base feminina do Atlético-MG, apenas o América-MG mantém uma equipe de formação de atletas mulheres na capital mineira, com a categoria Sub-20. O Cruzeiro também não possui categorias de base ativas. O América-MG, que disputará o Brasileirão Série A1 pela primeira vez este ano, está reformulando a equipe e pode contar com atletas formadas em suas bases. O Atlético ainda não retomou os treinamentos, mantendo apenas seis jogadoras no elenco após a demissão de Vantressa Ferreira no ano anterior.
Jogadoras denunciaram falta de estrutura para a modalidade
As jogadoras restantes do Atlético, Layza (zagueira), Leidiane (lateral), Dayana, Camila e Gabi Arcanjo (meias), e Milena (atacante), tinham contrato até 31 de dezembro de 2023, seguindo para outros clubes com o término do vínculo. No final da última temporada, algumas atletas denunciaram a falta de estrutura e limitação de material esportivo. A diretoria busca um gestor para a categoria feminina, mas o nome ainda não foi anunciado. O Campeonato Brasileiro inicia em março, e além desta competição, o Atlético disputará o Mineiro no segundo semestre.