A Seleção Argentina enfrentará Angola nesta sexta-feira (14), mas três nomes importantes ficaram pelo caminho. Nahuel Molina, Giuliano Simeone e Julián Álvarez foram barrados na entrada no país africano por um motivo nada comum: não tomaram a vacina contra febre amarela, obrigatória para o desembarque em território angolano.
A Associação de Futebol da Argentina (AFA) confirmou que o trio, todos ligados ao Atlético de Madrid, foi cortado da lista de convocados por não ter completado a tempo os procedimentos sanitários exigidos para a viagem.
Mais um problema para Scaloni
Além das ausências por questões médicas, o técnico Lionel Scaloni também perdeu Enzo Fernández, do Chelsea, que segue tratamento por um edema ósseo no joelho direito e será poupado para evitar agravamento da lesão.
Com isso, a Argentina chega ao amistoso com quatro baixas, complicando a formação ideal que Scaloni pretendia testar antes do fechamento da temporada 2025.
Amistoso milionário e simbólico
A partida em Luanda faz parte das comemorações pelo 50º aniversário da independência de Angola. Segundo a imprensa local, a Federação Angolana de Futebol investiu cerca de 12 milhões de euros (R$ 73,8 milhões) para receber a atual campeã do mundo.
Antes da viagem, a Albiceleste fará um treino aberto nesta quinta-feira (13), no estádio do Elche, em Alicante (Espanha), onde o grupo vem se preparando para o último compromisso do ano.
Bastidores e repercussão
Nos bastidores, a situação gerou certo incômodo interno na AFA. A falha logística na organização dos procedimentos de vacinação pegou mal entre os dirigentes, especialmente por envolver jogadores experientes e acostumados com viagens internacionais.
O episódio também levanta questionamentos sobre o planejamento da delegação argentina, afinal, perder três atletas por um detalhe burocrático é algo raro no futebol profissional.
Análise: erro evitável e lição para a Albiceleste
Para uma seleção campeã mundial, o deslize parece inaceitável. Em tempos de calendário apertado e compromissos internacionais de alto custo, falhas administrativas como essa mancham a imagem de eficiência da AFA.
O amistoso em Angola, que deveria ser apenas uma celebração, ganha agora contornos de polêmica e desorganização, especialmente diante da expectativa dos torcedores africanos de verem em campo nomes como Julián Álvarez, campeão mundial e peça-chave do Manchester City.