Na última sexta-feira, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou uma série de mudanças com objetivo de oferecer maior apoio às jogadoras nos períodos de gestação e maternidade. Agora, as jogadoras que forem mães terão direito a um período de licença de trabalho remunerada após o parto. Além disso, o benefício também será válido a mães adotivas.
O protocolo teve aprovação em 2021. Mas só agora fará parte do Regulamento sobre Estatuto e Transferência de Jogadores (RSTP, na sigla em inglês). Com isso, a partir de agora, todas as Ligas federadas à FIFA terão que oferecer os benefícios para as mães. Também é válido destacar que as atletas vão poder pedir licença dos treinamentos e partidas em caso de complicações relacionadas ao período menstrual.
“Acho que é uma grande medida. Esses são grandes passos e avanços importantes para realmente normalizar a vida que levamos como mulheres . É isso que queremos oferecer agora em todos os níveis, nos clube e nas seleções nacionais: a oportunidade para que as jogadoras profissionais tenham a chance de serem mães”, afirmou Jill Ellis, ex-treinadora que foi bicampeã mundial no comando dos Estados Unidos.
Mais detalhes sobre a nova decisão da FIFA
A nova ação vai ser válida também para as treinadoras, que terão os mesmos direitos concedidos às atletas, incluindo as mães não biológicas. Além disso, a FIFA também determinou que as atletas poderão escolher outra atividade relacionada ao futebol para exercer de forma temporária. Tal ação foi pensada para aquelas atletas que ainda não se sentirem a vontade para voltar aos gramados.
O direito a remuneração só será perdido pelas jogadoras caso elas não aceitem qualquer uma das atividades oferecidas pelo clube. No entanto, as atividades devem estar, de alguma forma, ligadas ao futebol e também precisam de aprovação concedida pela FIFA.