Paulinho não conteve as lágrimas na sua despedida do Corinthians. Após se emocionar no gramado da Neo Química Arena na última terça-feira, o volante de 35 anos se emocionou em vários momentos durante sua última entrevista como jogador do Timão, realizada nesta quarta no CT Joaquim Grava.
Segundo o meio-campista, seu futuro ainda não está definido. A cerimônia de despedida começou com uma homenagem do clube, onde os vice-presidentes Osmar Stábile e Armando Mendonça entregaram uma camisa enquadrada com o número “infinito” nas costas. O presidente Augusto Melo, que estava em viagem na Inglaterra, não pôde comparecer.
Paulinho explicou que o final seria semelhante ao seu companheiro de título mundial, Cássio. Paulinho abordou brevemente seu futuro, ainda incerto. A iminência de fazer o sétimo jogo no Brasileirão, o que impediria transferências para outros clubes da Série A, antecipou sua saída antes do fim do contrato, previsto para 30 de junho.
Abre aspas
“Corinthians significa tudo na minha vida. Muito que conquistei na vida, devo ao Corinthians. Ser Corinthians é entender a pessoa que arruma tua cama, a pessoa que cozinha para você, quem prepara tudo para você ir lá e jogar.”
“Em uma das partidas, falei no vestiário: Corinthians nunca vi exigirem craques, exigem vontade, garra e ter amor pelo clube. Isso só existe aqui, já passei em outros lugares, outros clubes, Seleção, esse clube me deu a chance de jogar na Europa.
“Nunca vi nada igual. Esse clube pode levar as pessoas a lugares que não imaginam. Não falo isso da boca para fora e nem para agradar, falo a verdade. Eu que tomei a decisão. Precisa ter sabedoria, vi dessa forma.”
“Falamos muitas vezes. Conversei com o mister também. Pensei que foi isso, não tinha outra decisão a ser tomada. Foi que achei que meu ciclo estava no fim. Fiz tudo o que poderia fazer, principalmente dentro de campo e nesses cinco meses.”