A notícia da contratação de Cuca pelo Athletico nesta segunda-feira (04) gerou intenso debate nas redes sociais do Brasil. Este será seu primeiro trabalho desde sua breve passagem pelo Corinthians em 2023, marcada por polêmicas. A torcida do Timão manifestou sua insatisfação com a escolha do treinador devido ao seu histórico, o que culminou em sua renúncia.
Além das críticas dos torcedores do Athletico, a contratação de Cuca também provocou uma reação significativa fora do mundo do futebol, ganhando contornos políticos. Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo Paraná e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), expressou sua indignação em suas redes sociais, denunciando a contratação de Cuca durante a semana da mulher.
“É estarrecedor, na semana da mulher, saber que o Athletico Paranaense irá contratar Cuca, o homem que estuprou uma criança de 13 anos e que nunca pagou por isso. A condenação não difere em nada dos casos de Robinho e Daniel Alves, o crime é igualmente grave e chocante: a justiça da Suíça confirmou que havia sêmen do agressor no corpo da vítima! Uma pessoa como Cuca deve pagar por seu crime e jamais ocupar cargos de liderança, como o de treinador de futebol, que serve de inspiração e referência para tantas crianças. Teremos um longo caminho pela frente até que os homens também estejam comprometidos com o enfrentamento à violência contra a mulher. Vamos à luta! No dia 8 de março ocuparemos as ruas!”
Cuca, por sua vez, respondeu à crítica, solicitando a retirada do post.
(…)Pedimos a retirada do post, sob a pena de uma queixa crime por calúnia difamação e injúria, pois Cuca não foi condenado. Afinal, teve seu julgamento anulado pela corte da Suíça, por irregularidades que culminaram num veredito injusto. Afinal, foi julgado à revelia. (…) E que o caso de Cuca não guarda semelhança com os casos Daniel Alves e Robinho. Cuca não pode ser chamado de estuprador, pois a condenação, anulada, foi por coação. E que a justiça restabeleceu sua condição de inocente. E a senhora conhece bem os efeitos de uma descondenação”.
Presidente do PT relembrou caso da Suíça
Gleisi Hoffmann enfatizou a gravidade do passado de Cuca, relembrando o caso de estupro do qual foi acusado nos anos 80. O treinador foi acusado de estupro após passagem pela Suíça, junto a outros atletas. Anos depois, o julgamento foi anulado, por ter julgado Cuca à revelia.
Cuca, por sua vez, defendeu-se, apontando a anulação de sua condenação pela corte suíça devido a irregularidades no processo, contestando assim as acusações de estupro.
O embate entre Cuca e Gleisi Hoffmann nas redes sociais reflete a controvérsia em torno da contratação do treinador pelo Athletico-PR e ressalta a sensibilidade do tema, especialmente em relação à violência contra a mulher.
