A polêmica discussão sobre os gramados sintéticos no futebol brasileiro ganhou mais um capítulo nesta semana. O diretor de Futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, fez duras críticas aos campos artificiais e os relacionaram com algumas das recentes lesões que jogadores do Tricolor tiveram nas últimas semanas.
O dirigente concedeu uma entrevista ao portal ‘ge’ e disse que não pretende liderar uma campanha sobre o assunto, mas declarou que acha fundamental que as instituições debatam sobre o assunto o mais rápido possível.
Diretor reclama de qualidade do campo do Palmeiras
“Não sou a favor que os times da primeira divisão tenham sintéticos. A grande maioria dos campos é de grama natural, e a grama sintética faz a diferença a favor do time local. Além disso, o sintético do Palmeiras está muito desgastado e a bola passa muito rápido. Parece um daqueles sintéticos para jogar futebol de 5. Não é fácil jogar nesse tipo de campo”, disse Belmonte.
O diretor do São Paulo destacou que o assunto precisa entrar nas pautas dos clubes para ser discutido. É um assunto que interefe em absolutamente todos os times e tem grande influência nos resultados das partidas, qualidade do jogo, lesões de jogadores e, consequentemente, no resultado do campeonato.
“Achamos que tem que ser ao menos rediscutida essa questão. Vivemos em um país tropical. É fundamental que a gente estude a possibilidade de ter no Brasil só campos de grama ou, no mínimo, campos híbridos, como é o do Corinthians (…) Temos visto a quantidade de lesões que têm ocorrido nos campos sintéticos. A NFL, por exemplo, busca diminuir os campos sintéticos”, opinou Belmonte.
Na Série A, três arenas possuem campos completamente sintéticos: Allianz Parque (Palmeiras), Ligga Arena (Athletico-PR) e Nilton Santos (Botafogo). A Neo Química Arena (SP) e o Maracanã (RJ) contam com gramados híbridos.