STJD bate o martelo sobre anular jogo entre Fluminense x São Paulo
Nesta sexta-feira (11), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) negou a solicitação do São Paulo sobre anular a partida contra o Fluminense, efetuada pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O embate entre tricolores acabou com os cariocas vencendo por 2 a 0, com direito a erro grotesco por parte da arbitragem.
Com as imagens e áudios da cabine do VAR disponibilizadas pela CBF, o jurídico do São Paulo abriu um processo solicitando o cancelamento do confronto diante do Fluminense. Sobretudo, dentre as alegações do Tricolor do Morumbis, a mais pertinente é de que o erro exercido pelo árbitro Paulo Cesar Zanovelli contribuiu diretamente para o resultado da partida.
Nesse ínterim, o Fluminense se mostrou contra o pedido do adversário, já que não considerava erro de direito apresentado pelo dono do apito. Por outro lado, a partida foi finalizada em 2 a 0, destacando que mesmo o tento sendo anulado, o marcador permaneceria favorável ao atual campeão da Libertadores da América.
Em meio às revisões dos ofícios encaminhados por ambos os clubes e da Confederação Brasileira de Futebol, o Pleno do STJD, de forma unânime (nove votos a zero), não encontrou razões que considerasse relevante à anulação do embate. Sendo assim, os três pontos adquiridos pelo Fluminense não serão retirados.
“O erro de direito é condição necessária, mas não suficiente para anulação da partida. O erro ao meu ver não alcança substancialidade. Nesse sentido, voto para negar provimento e declarar o resultado unânime”, pontuou Luis Otávio Veríssimo, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
São Paulo na bronca
Inicialmente, o STJD chegou a suspender o árbitro Paulo Cesar Zanovelli de jogos nacionais por um período de 15 dias. Incomodados com a pena branda depositada na conta de quem interferiu no andamento do jogo, os dirigentes do São Paulo solicitaram revisão no caso para que houvesse um afastamento maior, o que não ocorreu.
Potencializando ainda mais a revolta dos torcedores e representantes do clube paulista, as análises da cabine do VAR foram oferecidas dias após a solicitação feita pelo São Paulo. Nesse ínterim, os advogados do time orquestrado por Luís Zubeldía sustentaram o argumento de que a CBF estaria tentando encobrir a falha de seu quadro de arbitragem.
“Quando há uma polêmica tão gravosa, não há motivo para que os vídeos do VAR sejam apresentado só na sexta posterior. Há uma falta, o juiz visualiza, dá vantagem, estende os braços, sinaliza. Ato contínuo, o atleta do Fluminense coloca a mão na bola. Até o momento em que o juiz é chamado ao VAR, poderia ser considerado erro de fato. A partir do momento que a equipe de arbitragem mostra que houve um equívoco, estamos diante de um erro de direito. Ele escolhe deliberadamente não aplicar a regra do jogo”, enfatizou Pedro Moreira, advogado do São Paulo.
Com a julgamento finalizado, cabe ao Tricolor do Murumbis seguir focado na reta final da temporada. Ocupando a 5ª posição com 47 pontos, 13 a menos que o líder Botafogo, o São Paulo enxerga o título com chances remotas. Sendo assim, Calleri e companhia projetam vaga direta para a próxima edição da Libertadores da América.