Árbitro envolvido em erro grave no Brasileirão pega só 15 jogos de suspensão
Ontem, o árbitro Paulo Cesar Zanovelli foi julgado pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e recebeu a pena mínima de 15 dias de suspensão, por unanimidade. A defesa, juntamente com o São Paulo e o Fluminense, planeja recorrer da decisão ao Pleno.
A suspensão se aplica apenas às competições nacionais. Designado pela Conmebol para apitar um jogo das Eliminatórias da Copa do Mundo, entre Equador e Paraguai, no dia 10 de outubro, o árbitro, que possui o escudo da Fifa, está liberado para exercer suas funções pela entidade sul-americana.
Zanovelli foi inicialmente acusado de infringir o artigo 259 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que se refere à “deixar de observar as regras da modalidade”. A punição prevista para essa infração variava de 15 a 120 dias de suspensão, além de uma multa que poderia ser de R$ 100 a R$ 1.000.
No entanto, houve uma reclassificação para o artigo 261-A, que aborda “deixar o árbitro, auxiliar ou membro da equipe de arbitragem de cumprir as obrigações relativas a sua função”. A penalidade para essa infração varia de 15 a 90 dias de suspensão, resultando na aplicação da pena mínima para o juiz.
O erro no Brasileirão
Zanovelli foi acusado de validar um gol do Fluminense na vitória por 2 a 0 contra o São Paulo no Brasileirão, ocorrida em 1º de setembro. Naquele jogo, ele concedeu vantagem ao Tricolor Carioca após uma falta cometida por Calleri em Thiago Santos, mas, em seguida, desconsiderou que o zagueiro do “Flu” havia tocado a bola com a mão.
Com isso, o jogador acreditou que a falta havia sido marcada e cobrou a infração. Logo depois, Kauã Elias anotou o primeiro gol.
Zanovelli foi convocado ao VAR e afirmou que havia concedido vantagem na jogada. Assim, o toque de mão não poderia ser considerado neste contexto.
Devido a essa situação, o São Paulo solicitou a anulação da partida, alegando que se tratava de um erro de direito. O Tribunal Pleno começou a analisar esse caso na semana passada, mas o julgamento foi suspenso em razão de um pedido de vista por parte de uma auditora.