Com um acordo firmado com as gestoras de investimento Galapagos e Outfield, o São Paulo votará nesta terça-feira (1) a criação de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC). A meta é levantar R$ 240 milhões para quitar a maior parte da dívida do clube com os bancos.
O objetivo de Julio Casares ao buscar o valor é reestruturar a dívida do clube, ou seja, utilizar os recursos para quitar dívidas anteriores e consolidar o novo passivo em um único credor. Isso proporcionaria mais tempo para pagamento e condições que a diretoria considera mais favoráveis.
Durante a reunião com os conselheiros, o São Paulo apresentará uma visão geral dos empréstimos pendentes com instituições financeiras. No final do ano passado, a dívida bancária do tricolor era de R$ 217 milhões, e desse total, a diretoria selecionou 12 contratos de operações de crédito para uma análise mais aprofundada.
| Banco | Prazo remanescente | Saldo devedor |
| Daycoval | 10 meses | R$ 22 milhões |
| Bradesco | 28 meses | R$ 32 milhões |
| Bradesco | 8 meses | R$ 9,3 milhões |
| Tricury | 1 mês | R$ 4,4 milhões |
| Daycoval | 2 meses | R$ 1,7 milhão |
| BTG | 21 meses | R$ 24 milhões |
| Bradesco | 27 meses | R$ 23 milhões |
| Daycoval | 8 meses | R$ 12 milhões |
| Daycoval | 10 meses | R$ 20 milhões |
| Rendimento | 36 meses | R$ 18 milhões |
| Rendimento | 36 meses | R$ 1,5 milhão |
| Tricury | 13 meses | R$ 26 milhões |
O problema no São Paulo
O prazo limitado para o pagamento e os juros associados às obrigações, que a diretoria do São Paulo calcula entre R$ 38 milhões e R$ 48 milhões por ano, variando conforme aspectos da economia brasileira, são algumas das dificuldades ligadas a esse tipo de dívida. O pagamento antecipado desses empréstimos implica multas e penalidades, e apesar disso, a administração do clube acredita que os riscos diminuem ao consolidar o passivo em um único credor.