O ex-jogador Léo Moura, conhecido por suas passagens marcantes por clubes como Palmeiras, São Paulo e Flamengo, encerrou sua carreira em 2021. Após a despedida dos gramados, o lateral resolveu virar empreendedor. Entretanto, essa sua nova trajetória não vai muito bem, especialmente após revelações de possíveis irregularidades em sua organização não governamental, o Instituto Léo Moura Sports (ILM).
Em 2016, Léo Moura fundou o ILM com o objetivo de proporcionar oportunidades para jovens praticarem atividades físicas. Em 2020, o Ministério da Cidadania, por meio do extinto Ministério do Esporte, concedeu apoio financeiro ao projeto “Passaporte para a Vitória”, destinando uma significativa quantia para sua implantação em diversas cidades.
Contudo, investigações recentes realizadas pela Controladoria Geral da União (CGU) revelaram indícios de superfaturamento nos gastos do ILM. Entre 2020 e 2022, a organização recebeu aproximadamente R$ 45 milhões em repasses do Ministério do Esporte, sendo que cerca de R$ 2,68 milhões teriam sido utilizados de forma irregular.
Possível irregularidade
A CGU identificou fragilidades nos procedimentos de concessão de recursos e no acompanhamento da execução do projeto, apontando irregularidades na contratação de prestadores de serviço e na aquisição de materiais. Em decorrência disso, recomendou o bloqueio de todos os repasses futuros ao ILM.
“Concluiu-se que houve fragilidades nos procedimentos de concessão dos recursos e no acompanhamento da execução dos termos de fomento (…), irregularidades na contratação e na execução, pelo ILM, dos objetos dos quatro termos analisados, resultando em sobrepreço (SO) e superfaturamento (SF)”, declarou a CGU.
O caso demonstra a importância da transparência e fiscalização rigorosa na aplicação de recursos públicos destinados a projetos sociais. Enquanto as investigações prosseguem, o futuro do Instituto Léo Moura Sports permanece incerto, com implicações significativas para seu fundador e para a reputação das instituições envolvidas.