O Sport Club Corinthians Paulista, fundado em 1910, é uma instituição que transcende o futebol, sendo uma verdadeira paixão nacional. Sua trajetória é marcada por conquistas, desafios e a construção de uma identidade única. Neste contexto, o Parque São Jorge emerge como um capítulo especial na história corinthiana, sendo reconhecido como o segundo estádio do clube.
Vamos embarcar nessa jornada fascinante, explorando o passado glorioso do Parque São Jorge.
Do campo de terra à busca por uma sede própria
Nos primeiros anos de sua existência, o Corinthians jogava em um campo de terra na Rua José Paulino, conhecido como “O lenheiro”.
Posteriormente, o clube utilizou o Estádio da Ponte Grande até que uma oportunidade única surgiu: a Fazenda São Jorge, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, estava à venda. A chance de ter uma sede própria em um terreno amplo instigou a paixão corinthiana.
A construção do sonho: Parque São Jorge em 1928
Corinthianos engajados, cientes de que o clube precisava de uma casa própria, participaram ativamente da construção do Parque São Jorge. Seja comprando títulos ou trabalhando nas obras do novo estádio, a dedicação dos torcedores foi crucial.
Essa união resultou na inauguração do estádio em 1928, consolidando o Parque São Jorge como a nova casa alvinegra.
Fazendinha: o nome e a tradição
O terreno adquirido veio com o nome Fazenda São Jorge, uma homenagem ao santo guerreiro reverenciado pelos antigos donos, Assad Adballa e Nagib Sallem.
O local já possuía um campo de futebol, arquibancadas e uma praça de esportes, dando origem ao apelido afetuoso “Fazendinha”. Ali, também nasceu o renomado remo corinthiano.
Fase áurea e limitações de espaço
Até 1940, a Fazendinha foi o palco absoluto dos jogos do Corinthians. Contudo, a crescente torcida demandava um espaço maior. O Pacaembu, inaugurado em 1940, tornou-se uma alternativa e, gradativamente, assumiu a posição de principal sede corinthiana.
A Fazendinha, mesmo após a construção da Neo Química Arena, permanece como sede social e um símbolo de tradição.
Momentos memoráveis no Parque São Jorge
Ao longo das décadas, o Parque São Jorge foi palco de momentos inesquecíveis. A Fazendinha testemunhou o primeiro título corinthiano em 1928, uma emocionante vitória por 3 a 2 sobre a Portuguesa.
A maior goleada ocorreu em 1929, com um impressionante 11 a 2 contra o Atlético Mineiro em amistoso. Em 1959, o estádio registrou, portanto, seu maior público, 32.419 pessoas, no Campeonato Paulista contra a Ferroviária.
A modernização e as mudanças na utilização do Parque São Jorge
Após a reforma de 1992, o Parque São Jorge recebeu alguns jogos do Campeonato Paulista, sendo o último em 1999, contra o Mogi-Mirim.
Entretanto, o estádio deixou de ser palco frequente de partidas do time principal, e o último jogo ocorreu em 2002, em um amistoso contra o Brasiliense, vencido pelo Corinthians por 1 a 0.
Alfredo Schürig: o Presidente e o legado do Parque São Jorge
O nome “Alfredo Schürig” foi atribuído, portanto, ao estádio em homenagem ao presidente que exerceu o cargo de 1930 a 1933.
Alfredo Schürig não apenas contribuiu financeiramente para o pagamento do terreno, mas também forneceu materiais essenciais para a construção das arquibancadas. Seu legado é perpetuado no nome do estádio.
Democracia Corinthiana e projetos de reforma
Nos anos 1980, durante a era da Democracia Corinthiana, o presidente Waldemir Pires propôs um ambicioso projeto de reforma para a Fazendinha.
A ideia incluía a cobertura e ampliação das arquibancadas, visando uma capacidade de 40 mil lugares. Contudo, as mudanças não se concretizaram devido a questões políticas e eleitorais.
O Memorial do Corinthians: uma jornada pelos feitos e heróis
O Parque São Jorge não é apenas um estádio; é um complexo, portanto, que abriga o Memorial do Corinthians. Inaugurado em 2006, o Memorial é uma experiência imersiva para os torcedores.
Ao adentrar, os visitantes se deparam com um verdadeiro vestiário, uma réplica do campo, imagens sacras abençoando o caminho e uma atmosfera que transporta para o coração do futebol corinthiano.
Megaloja: o paraíso do torcedor
Anexa ao Memorial, a Megaloja Poderoso Timão é um paraíso para os torcedores. Inaugurada em 2010, a loja de mais de 400m² oferece uma variedade incrível de produtos, desde camisas e acessórios até itens de decoração. É o local ideal, portanto, para os torcedores levarem para casa um pedaço do Corinthians.
Capacidade e apelidos do Parque São Jorge
A capacidade atual do Estádio Parque São Jorge é de aproximadamente 10.000 pessoas, uma cifra modesta em comparação com os grandes públicos da Neo Química Arena. Apelidado carinhosamente de “Parque São Jorge” e “Fazendinha”, o estádio evoca, portanto, tradição e memórias preciosas.
Visitas ao Parque São Jorge: um convite à história
Os torcedores têm a oportunidade de explorar o Parque São Jorge por meio de visitas monitoradas. Realizadas aos sábados, domingos e feriados, essas visitas oferecem uma jornada pelas dependências do clube e pelo Memorial, compartilhando histórias e curiosidades do Corinthians. Uma experiência única para os aficionados pelo Timão.
Parque São Jorge, patrimônio da Nação Corinthiana
O Parque São Jorge é mais do que um estádio; é um monumento à paixão, dedicação e história, portanto, do Corinthians. Desde os primeiros passos no campo de terra até as modernas instalações do Memorial e Megaloja, cada tijolo conta uma parte da saga alvinegra.
O título de “segundo estádio” não é apenas uma designação; é um testemunho, portanto, do amor inabalável que os torcedores nutrem por esse pedaço de solo sagrado onde a história corinthiana ganhou vida. Parque São Jorge, eternamente no coração da Fiel.