Em uma situação peculiar no futebol brasileiro, o meia-atacante Rômulo, de 22 anos, está no centro das atenções durante o confronto entre Palmeiras e Novorizontino. Negociado pelo Palmeiras, o jogador permanece no Novorizontino e enfrentará o Alviverde na semifinal, marcada para quinta-feira, no Allianz Parque, devido ao seu contrato em vigor com o time de Novo Horizonte.
“Ele é uma mostra de como o futebol mudou no sentido de profissionalismo”, comentou o vice-presidente do Palmeiras, Paulo Buosi, sobre a situação de Rômulo. O assunto foi tema de uma conversa entre Buosi e Genilson, presidente do Novorizontino, durante um encontro na Federação Paulista, dias antes do confronto.
Após uma temporada destacada em 2023, com 11 gols e nove assistências, Rômulo foi contratado pelo Palmeiras, mas ainda cumpre seu contrato com o Novorizontino até o fim do Paulista. O presidente Genilson assegurou que o jogador estará em campo na semifinal: “Vai sim para o jogo. Podem pensar que ele vai deixar de colocar o pé, que vai mexer com a cabeça dele, mas o Novorizontino é muito seguro da formação de seus atletas e a prova disso é o Rômulo, que foi negociado no meio da competição”.
Questionados sobre a possibilidade de comemorar em caso de gol de Rômulo, ambos os dirigentes foram enfáticos. “Sem dúvida. A gente espera que ele faça muitos gols quando estiver vestindo a camisa do Palmeiras, e esse profissionalismo mostra que a gente fez uma grande contratação”, disse Buosi. Já Genilson destacou: “Sem dúvida, até porque ele tem carinho e gratidão por aquilo que foi feito por ele. Conhecendo os atletas que nós formamos, enquanto estiverem vestindo a camisa do Novorizontino, eles vão suar até o final”.
Meia chega ao Verdão após o Paulista
Rômulo permanecerá disputando o Paulista pelo Novorizontino até o fim da competição e será transferido para o Palmeiras ao término do campeonato, utilizando a janela específica para atletas em atuação nos estaduais do Brasil, que permitirá transferências entre 1 e 19 de abril.
O caso de Rômulo não é único na história do futebol brasileiro. Em 2000, o próprio Palmeiras vivenciou uma situação semelhante com Claudecir, que, mesmo negociado, enfrentou o Alviverde enquanto ainda defendia o São Caetano nas quartas de final do Brasileiro.