A batalha judicial envolvendo Palmeiras, WTorre e Real Arenas teve um novo desdobramento nesta quinta-feira (21). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou a liminar solicitada pela Real Arenas, braço da WTorre responsável pela gestão do Allianz Parque. Com isso, a empresa terá que apresentar garantias à Justiça demonstrando sua capacidade de quitar a dívida de R$ 160 milhões com o Palmeiras.
A decisão foi tomada pelo ministro Antonio Carlos Ferreira. Se a WTorre não cumprir o prazo estabelecido para apresentar as garantias, o Palmeiras poderá solicitar a penhora de bens da empresa. A informação foi divulgada inicialmente pelo UOL e confirmada pela ESPN.
A WTorre recorreu ao STJ após a Justiça derrubar, em 14 de março, o efeito suspensivo que impedia a empresa de ser obrigada a apresentar garantias de pagamento ao Palmeiras.
De acordo com o Verdão, desde a inauguração do Allianz Parque, a administradora deixou de efetuar pagamentos referentes a diversos meses, resultando em uma dívida acumulada de R$ 160 milhões. O contrato entre o Palmeiras e a construtora prevê repasses relativos à locação de camarotes e cadeiras, aluguel do estádio para shows, exploração de setores e naming rights.
Em 2023, o Palmeiras solicitou à polícia a abertura de um inquérito criminal para investigar possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa, além do bloqueio de bens e contas bancárias da Real Arenas e seus administradores.
Gramado Allianz também entrou em pauta
Além da questão financeira, Palmeiras e Real Arenas também tiveram divergências em relação ao gramado do Allianz Parque, que passou por manutenção durante fevereiro e início de março. Após atrasos na entrega, o clube só retornará ao estádio em 28 de março, na semifinal do Campeonato Paulista contra o Novorizontino.
Procuradas para comentar o caso, a Real Arenas e a WTorre não se pronunciaram até o momento.