O Palmeiras foi condenado em segunda instância a pagar uma indenização de R$ 70 milhões à Samsung, antiga patrocinadora do clube nos anos de 2009 e 2010. O processo refere-se à rescisão unilateral do contrato de patrocínio para que a Fiat pudesse retornar como patrocinadora do time.
Embora ainda haja possibilidade de recursos em instâncias superiores, o clube não confirmou se pretende buscar essa alternativa. A condenação foi revelada pelo ge e confirmada por fontes do próprio clube ao site Trivela. Em nota, o Palmeiras informou que se manifestará sobre o assunto exclusivamente nos autos do processo, em respeito ao segredo de Justiça.
O ex-presidente do Palmeiras na época, Luiz Gonzaga Belluzzo, assumiu a responsabilidade pelo ocorrido. Em contato com a Trivela, Belluzzo afirmou que havia um acordo verbal com executivos da Fiat para que a montadora italiana arcasse com a multa pela rescisão, o que, segundo ele, não aconteceu.
A decisão em primeira instância, ocorrida em 2021, condenou o Palmeiras a pagar cerca de R$ 3,5 milhões pela rescisão unilateral, além de R$ 9 milhões por quebra de confidencialidade e mais R$ 4,75 milhões por danos materiais indiretos. Posteriormente, após recurso do Palmeiras, o último montante foi retirado do processo, resultando em uma condenação de R$ 12,5 milhões.
Contudo, após correção monetária, acréscimo de juros e honorários advocatícios, o valor total pode atingir R$ 79,5 milhões. O balanço do clube já aponta uma reserva de R$ 18 milhões para pagamento do processo.
Verdão vivia crise financeira na época
Belluzzo explicou que buscava incessantemente maneiras de ampliar as receitas do Palmeiras devido à situação financeira calamitosa do clube na época. Ele mencionou a dificuldade em negociar patrocínios devido a exclusividades contratuais, como no caso do contrato com a Samsung, que não permitia a venda de espaços publicitários na camisa do clube.
O ex-presidente também destacou questões financeiras antigas enfrentadas pelo clube, como dívidas inscritas na prefeitura e processos criminais por não pagamento de FGTS e imposto de renda, que remontavam a administrações anteriores.