Palmeiras pode receber “presentão” de R$ 160 milhões
O Palmeiras atualizou para R$ 160 milhões o montante que busca na Justiça da Real Arenas, administradora do Allianz Parque. A quantia corresponde a supostos repasses não realizados pelo estádio desde 2015, acumulando-se ao longo do tempo enquanto a disputa permanece indefinida. A ação foi instaurada em 2017, ainda na gestão de Maurício Galiotte, e reivindica os percentuais das receitas do estádio de acordo com o contrato.
Entre as fontes de receita citadas pelo clube estão a locação para eventos, a exploração de áreas como lanchonetes e estacionamentos, além de aluguéis de cadeiras, camarotes e naming rights. O valor que o Palmeiras tem direito aumenta ao longo dos 30 anos de parceria. No entanto, a construtora alega divergências sobre os valores a pagar e receber, ressaltando que essas questões estão sendo discutidas em corte arbitral, não na Justiça Comum.
O clube argumenta que a dívida é incontestável, pois a Real Arenas apresenta relatórios mensais, conforme o acordo, detalhando as receitas que seriam devidas ao Palmeiras. Assim, entende que a questão não deve ser tratada como um tema de arbitragem, reservado para divergências interpretativas no contrato.
Além da ação pelos R$ 160 milhões, o Palmeiras planeja acionar judicialmente a Real Arenas novamente, dessa vez devido ao prejuízo causado pelo fechamento do Allianz Parque. A presidente Leila Pereira argumenta que a construtora não tem realizado manutenção adequada no gramado. Paralelamente ao processo por repasses não realizados, o clube solicitou à polícia a abertura de inquérito para investigar a Real Arenas, buscando apurar possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa.
Contrato é válido até 2044
Leila tem criticado a empresa repetidamente, classificando o acordo de 30 anos com a WTorre como um “péssimo negócio” para o clube. A presidente expressou preocupação com a manutenção da arena ao longo do tempo, sugerindo que, ao final do contrato, o estádio poderia se tornar um “Coliseu”. O contrato entre o clube e a construtora é válido até novembro de 2044. As receitas do Palmeiras pela locação da arena e outras explorações aumentam progressivamente ao longo dos anos, de acordo com as cláusulas contratuais.