No Dia da Consciência Negra, que é celebrado em 20 de novembro, o atacante Endrick, do Palmeiras e da Seleção Brasileira, relembrou alguns episódios marcantes em sua carreira e vida pessoal. O jogador comentou sobre o racismo sofrido quando ainda era pequeno, durante partidas das categorias de base.
Em entrevista concedida ao portal ‘ge’, Endrick lembrou de um episódio de injúria racial sofrido quando tinha apenas 9 anos de idade, em Brasília. O atleta chegou a revelar que foi à delegacia com sua tia para fazer um boletim de ocorrência, mas que o caso não foi levado a frente pela polícia.
Endrick diz que episódios negativos não vão o abalar
“Racismo é uma coisa forte. É difícil para nós falarmos. É triste ver isso. Eu sofri, sim, quando tinha 9 anos em Brasília. Minha tia foi na Polícia, fez boletim (de ocorrência) e não deu em nada”, comentou Endrick sobre a sua infância.
O atacante ainda completou sua resposta: “Era 1×1, um jogo em Brasília, eu fiz o gol da virada e fui comemorar. Os pais dos garotos do outro time, acho que subiu raiva no coração deles, começaram a me chamar de macaco, fazer gestos obscenos. De pequeno, eu não sabia (…) As pessoas que fazem isso com Vini ou que fazem na Libertadores, que acontece bastante também”.
O jogador afirmou que esses episódios não vão mudar seu estilo de jogo e não vão o abalar ao longo de sua carreira: “Não vou me abalar com isso, vou seguir de cabeça erguida. Se eles fizerem, eles vão ficar bravos porque eu não vou me irritar, vou ficar tranquilo”.