O gerente da base do Atlético-MG, Erasmo Damiani, concedeu entrevista ao ‘ge’, e falou sobre os três anos em que liderou a reformulação da categoria, abordando aspectos como estrutura, investimento, programas de iniciação e prospecção. Além disso, ele discorre sobre os processos de venda e transição para o time profissional.
O dirigente é um dos profissionais mais experientes no campo do futebol de base. Com uma carreira que inclui uma medalha de ouro olímpica com a Seleção Brasileira em 2016, ele desempenhou um papel fundamental no processo de formação de talentos em clubes como Palmeiras e Internacional.
Desde 2021, Erasmo Damiani está atuando no Galo, período durante o qual se dedicou a implementar processos, aprimorar a estrutura e dar uma atenção especial à iniciação, considerada a base do projeto do clube. Ao discutir os trabalhos realizados na base, ele ressaltou que clubes como Flamengo e Palmeiras estão em um patamar mais elevado em comparação a outros clubes do futebol brasileiro.
“Flamengo e Palmeiras estão muito a nossa frente, por questões de investimento, por tudo. Eles compram jogadores há cinco, seis anos”, disse Erasmo Damiani.
O que o Atlético-MG pode fazer?
Para elevar sua competitividade, o Atlético-MG tem implementado mudanças nos processos e concentrado seus esforços na iniciação na base. Na perspectiva do gerente, essa é uma área crucial para que o clube comece a fornecer talentos tanto para o time profissional quanto para o mercado em geral.
“Primeiro, é a criação da iniciação. É um trabalho voltado para as categorias menores. Ainda é um trabalho de entrada, de alguns processos que não tinham. Os clubes, que já estão fazendo esse trabalho, estão bem na frente. É só ver Flamengo, Palmeiras, Athletico, São Paulo, Fluminense, entre outros. Esse foi o ponto fundamental, olhar para baixo, você dar atenção para a iniciação, que não tinha antes”, contou o profissional.