Autor do primeiro gol do Atlético-MG na vitória por 3×0 sobre o Flamengo na última quarta-feira (29), o atacante Paulinho esteve envolto em uma polêmica nesta semana por conta da comemoração que fez ao balanças as redes do Maracanã para abrir o placar para o Galo.
Além de mandar a torcida rubro-negra ficar em silêncio e pisar no escudo do Fla, o jogador também saiu bradando que o Maraca era sua casa. Nascido no Rio de Janeiro, ele deu seus primeiros no futebol pela Vasco e se sente mais que em casa no Templo Sagrado. Após o fim do jogo o artilheiro do Brasileirão não só confirmou essa tese, como também revelou ter aprendido com Eurico Miranda, que todo jogo contra o Flamengo é diferente, é um clássico a parte:
“É, porque sou daqui do Rio de Janeiro, sou carioca, e tô muito feliz de estar voltando à minha terra e fazendo gol.Sempre é (diferente, ganhar). Peguei a época do Eurico Miranda, do Roberto Dinamite. Ele (Eurico) sempre passava muito bem para a gente que o jogo com o Flamengo é um clássico à parte.”, disse Paulinho.
Até quando? Paulinho é vítima de intolerância religiosa novamente
Apesar da provocação saudável após marcar contra um rival, Paulinho novamente foi vítima de intolerância religiosa nesta semana. Praticante da Ubanda e do Candomblé, o camisa dez foi chamado de “macumbeiro” e diversos outros xingamentos nas redes sociais. Segundo o advogado especialista em direito desportivo, Gustavo Lopes, a penalidade desse tipo de crime pode variar:
“No contexto virtual, a penalidade para quem comete o crime de intolerância religiosa pode variar. A legislação em muitos países, incluindo o Brasil, está em constante evolução para abranger crimes virtuais. O réu pode enfrentar processos civis, e em alguns casos, penas criminais, dependendo da gravidade do ocorrido.”, disse Gustavo em entrevista ao jornal O Tempo.