A Arena MRV, nova casa do Atlético-MG, foi construída para ser um dos estádios mais modernos da América Latina e teve o seu projeto feito para que ela fosse multi uso, tendo capacidade para receber tanto jogos, quanto shows e grandes eventos.
Algo que em um primeiro momento funcionou muito bem, mas o único problema é que o gramado natural não aguenta esse tipo de dualidade e o campo de jogo acaba pagando o preço. Já na estreia do Galo na nova casa o clube precisou resolver problemas com o gramado e nos jogos seguintes o relvado do estádio estava em estado muito debilitado.
“Quando terminamos a colocação do gramado, nossa iluminação demorou um pouco a chegar e estávamos na transição da grama de verão para a de inverno. A de verão morreu muito rápido, em função da chegada tardia da iluminação. No jogo contra o Goiás já deu uma jogabilidade melhor.”, explicou Bruno Muzzi.
Por conta disso, o Atlético pretende seguir os passos de Botafogo, Athletico-PR e Palmeiras, e instalar um gramado sintético em seu estádio. Fato esse que garantiria ao clube a possibilidade de realizar shows e eventos sem ter que se preocupar com a qualidade do gramado.
Atlético-MG esbarra em problemas para instalar grama sintética
Apesar do desejo em instalar a grama sintética, o CEO Bruno Muzzi explica que o Galo tem esbarrado em pequenos trâmites legais para a implementação do novo gramado. Ele ainda explica que a direção tem trabalhado com a Prefeitura de Belo Horizonte para conseguir driblar esses imprevistos:
“O Plano Diretor de BH nos obriga a ter um percentual de taxa de permeabilidade no terreno (área que permite a infiltração de água). A grama sintética é permeável e, do ponto de vista ambiental, isso está resolvido. O problema é que a lei diz que, para ser considerada área permeável, precisa ser sob terreno natural e vegetado. A palavra ‘vegetado’ não se aplica à grama sintética. É possível contornar isso? Entendemos que sim. A prefeitura tem trabalhado conosco para ver se é possível ter algum tipo de decreto, de flexibilização, para que possamos fazer. Quando isso for resolvido, colocaremos a grama sintética.”, explicou Bruno Muzzi.