Recentemente o Atlético-MG teve o título de Campeão dos Campeões em 1937 como um título brasileiro, um dos heróis dessa conquista foi o atacante Guará. Rápido e habilidoso, o jogador logo caiu nas graças da Massa e da crônica esportiva, se tornando um dos primeiros ídolos da Massa Atleticana.
Os torcedores alvinegros carinhosamente o chamavam de Demônio Loiro, por conta da cor de seus cabelos e do alto número de gols marcados. Com a camisa do Galo foram 168 gols em 200 jogos, uma média que quase 1 gol por jogo.
Além dos gols, Guará foi campeão Mineiro com o Atlético em 1936, 1938 e 1939. Seu título mais importante foi o torneio de Campeão dos Campeões, de 1937, quando o Galo venceu Portuguesa, Fluminense e Rio Branco para conquistar seu primeiro título nacional. Após a conquista do torneio em São Paulo, o atacante foi carregado nos braços da torcida atleticana até o Estádio de Lourdes em seu retorno a BH.
Guará teve um fim de carreira triste
O desfecho de sua trajetória foi marcado por um trágico fim. O atacante, que então ostentava o título de melhor jogador do futebol mineiro, viu-se alvo constante das estratégias adversárias, todas ansiosas por detê-lo e derrotar o Atlético.
Em 1939 o Palestra Itália, maior rival do Galo, recrutou o zagueiro Caieras com uma missão específica: anular o Demônio Loiro em um clássico fervoroso. No calor da disputa, Guará acabou caindo desacordado no gramado, uma cena chocante que o levou diretamente ao pronto-socorro, onde permaneceu em estado inconsciente por um mês.
Embora tenha finalmente recebido alta hospitalar para retomar sua carreira no futebol, a lesão deixou sequelas irreversíveis. Aos 23 anos, o ícone encerrou prematuramente sua jornada nos gramados, nunca mais atingindo o auge de suas habilidades. Apesar desse desfecho cruel, o Atlético Mineiro sempre manteve um lugar cativo no coração de Guará.