Arthur Friedenreich foi um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, primeiro grande craque do Brasil, ele foi ícone da era amadora do esporte bretão. “El Tigre”, como era carinhosamente conhecido, marcou uma época dourada no futebol brasileiro. No entanto, uma das maiores polêmicas que envolvem esse ícone do futebol é a questão dos 1329 gols, uma marca que o consagraria como o maior goleador da história do futebol mundial.
Friedenreich, cuja ascendência mista de alemão e brasileira o tornou um verdadeiro representante da miscigenação cultural do país, deu início à sua carreira no Germânia, aos 17 anos de idade. Passando por clubes como Ypiranga, Mackenzie, Americano e outros, ele encontrou sua morada definitiva no Paulistano, onde ele não apenas consagrou-se, mas também contribuiu para consagrar o clube.
Em 1925, Arthur e seus companheiros do clube alvirrubro da capital realizaram uma excursão histórica à Europa, tornando-o o “Rei do Futebol” na França. Durante essa viagem, eles enfrentaram equipes renomadas e surpreenderam o mundo ao golear a seleção francesa por 7 a 1, com Friedenreich deixando sua marca com três gols.
Friedenreich brilhou pelo São Paulo e também pela Seleção Brasileira
Com a extinção do futebol no Paulistano em 1930, o craque se filiou ao recém-fundado São Paulo FC, onde, mesmo com 39 anos, desempenhou um papel crucial na conquista do título paulista de 1931. Em 1932, ele e outros jogadores do Tricolor se uniram à Revolução Constitucionalista de 1932, demonstrando seu compromisso com causas maiores. Friedenreich também brilhou representando a seleção brasileira, sendo campeão sul-americano em 1919 e artilheiro do torneio. Seu gol decisivo na final contra o Uruguai lhe rendeu o apelido “El Tigre”.